Balanço de 2022
O ano prestes a acabar foi novamente difícil e desafiador em todo o mundo.
A pandemia de COVID-19 trouxe muitas mudanças e incertezas para a vida quotidiana e muitas pessoas tiveram de se adaptar a novas formas de trabalho e de relacionamento com os outros, situação que permaneceu ainda em 2022.
No leste europeu, também o flagelo da guerra ceifou vidas e cerceou sorrisos, semeando dor e sofrimento que parecem não ter fim.
Além disso, o ano também foi marcado globalmente por outros eventos políticos e sociais importantes, com impacto na nossa sociedade e na estrutura de muitas organizações.
Apesar de todos esses desafios, 2022 também trouxe muitos momentos de solidariedade e de esperança.
Diversas pessoas trabalharam juntas para ajudar os mais afectados pela pandemia, apoiando monetariamente as várias iniciativas solidárias que se sucederam ou dispondo do seu tempo e do seu serviço directamente para com outros.
Noutros domínios da sociedade, foi igualmente possível verificar como muitas pessoas se uniram no apoio a causas sociais e humanitárias importantes para dessa forma lutarem por mudanças positivas.
No plano (menor) da FNA Lisboa procurámos contribuir da forma possível no âmbito das solicitações que nos foram colocadas, num quadro de grandes exigências e maiores limitações e, ainda assim, assegurar o cumprimento integral do plano de acção aprovado pelos nossos associados.
Destaco aqui algumas importantes intervenções: no plano externo, voltado para o serviço ao próximo, o envolvimento silencioso de mais Núcleos e mais associados no apoio sócio-caritativo junto das suas comunidades; no plano interno, a realização do nosso VII Acampamento Regional em Maio, a participação da Região nos serviços e ateliers do 24.º ACANAC do CNE em Agosto e a eleição da Direcção Regional em Novembro.
Enquanto olhamos para trás é importante lembrar tanto os desafios quanto as vitórias e as lições aprendidas.
É preciso reconhecer os momentos difíceis e as dificuldades enfrentadas, mas também é importante celebrar as pequenas vitórias e as coisas pelas quais somos gratos. Ao fazer isso, podemo-nos preparar melhor para o que o futuro nos reservar e continuar a lutar por mais mudanças, justiça e fraternidade no próximo ano.
2023 trará muitos desafios, incluindo provavelmente a continuidade da pandemia de COVID-19, da guerra absurda a leste e de muitos dos impactos económicos e sociais que já fomos experimentando este ano, não esquecendo também os constantes desafios colocados pelas alterações climáticas, pela crise de valores e pelas injustiças sociais que vemos crescer com preocupação.
Uma forma de enfrentar esses desafios é através do serviço ao próximo e da cidadania activa que procuramos promover através dos escuteiros adultos.
Todos somos chamados a participar colectivamente, sendo o Núcleo a base de toda e qualquer intervenção. Nas nossas comunidades e onde quer que possamos vir a ser úteis com a nossa capacidade e experiência.
Existem muitas formas de ser um cidadão activo e fazer a diferença na comunidade e no mundo. Mas nos escuteiros adultos acrescentamos ao que fazemos, e como fazemos, uma vocação natural e a disponibilidade para servir voluntariamente, bem como uma mística própria de uma irmandade à escala global que não conhece fronteiras.
Os escuteiros adultos têm um papel importante na promoção dos valores e da filosofia do escutismo e poderão ser também um valor acrescentado no apoio à orientação dos escuteiros mais jovens, ajudando-os a desenvolver habilidades e a tornarem-se cidadãos responsáveis pela compreensão e prática dos valores escutistas.
Deixo-vos por isso o maior dos desafios que esta Direcção Regional pode lançar para o próximo ano: enquanto escuteiros adultos sejamos todos expressão activa de Exemplo e Serviço.
Votos de um excelente Ano Novo para todos e para as vossas Famílias.
Em Fraternidade!
